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Viagem da minha vida

Este post vai ser sobre mais uma viagem que fiz. E é muito especial descreve-la porque não foi uma viagem normal. Foi uma viagem a um outro mundo completamente diferente do meu. Ainda hoje me parece que foi tudo um sonho.

Eu e o meu namorado apresentamos uma vontade enorme de viajar, que é uma coisa louca. Conhecer coisas e sítios diferentes é quase uma necessidade. Mas quando decidimos fazer esta viagem, em Fevereiro de 2016, não tínhamos a verdadeira noção do que íamos fazer. Ver imagens e opiniões dos sítios por onde íamos passar é uma coisa. Pisar aquele chão, ver aqueles cenários exóticos, sentir aqueles aromas e conhecer pessoas de todo o mundo, é outra.

Decidimos fazer um Cruzeiro pelas Caraíbas! Wow, eu sei que a imagem que vem à cabeça é de um grande navio a navegar por praias paradisíacas com altas temperaturas. Aich! Mas é isso e muuuuito mais. Um cruzeiro faz paragens diárias (ou quase) em cada porto de embarque por onde passa por isso um cruzeiro é como se fossem várias viagens porque conhecem-se imensos sítios e culturas. Não se tem contacto apenas com o navio em si.

O nosso Cruzeiro era o Carnival Splendor que passava por Cozumel (México), Belize, Mahogany Bay (Honduras) e Ilhas Cayman (George Town). Ele saía de Miami e por isso, nós tivemos a sorte (ou o azar, mas eu acho que é sorte), de fazer a viagem até ao aeroporto, que no nosso caso foi Madrid e passar uma noite em Miami antes de embarcar. Quem anda num cruzeiro não começa a sua aventura no navio. Começa a partir do momento em que se sai de casa com as malas (já para não falar de quando as estou a fazer), depois quando se faz a viagem até Madrid também já se vai com aquela emoção, que até dá vontade de gritar, por estarmos a caminho… Ao chegar ao aeroporto, cheios de sono temos de esperar algum tempo mas nem aí a nossa adrenalina acalma porque só estamos a olhar pro relógio a contar as horas e os minutos para entrar no avião.

Bem, a partir do momento em que se entra no avião são mais 10 horas de viagem, sim, 10h!! Parece impossível aguentar tanto tempo dentro de um sítio tão pequeno (pequeno como quem diz) durante tantas horas e ainda por cima com aquelas pulguinhas no corpo para chegar a Miami. Eu por acaso, umas semanas antes da viagem, andava a bater mal porque sofro um bocado de claustrofobia e só imaginava que me ia dar o treco no avião ahaha mas para ser sincera, não custou quase nada. As coisas más combatem-se com as boas, e se a claustrofobia é a má, a facilidade em adormecer é a boa. Tenho imensas facilidades em adormecer e então, pimba, lá adormeci durante horas e horas. Acho que dormi mais de 6h no total ahah. A verdade é que íamos super cómodos, com almofadas, uma mantinha, uns bons ecrãs para ver filmes ou jogar e comida/bebida. Bom, a única coisa que não gostei do voo foi mesmo a comida. Quando chegou a hora de servirem o jantar, eu estava a dormir e o meu querido namorado em vez de me acordar, não, achou que estava linda demais a dormir. Ou seja, serviram os jantares bons e quando eu acordei já só havia o prato vegetariano: lasanha de espinafres. Espinafres!! Verduras!! Blhac, eu não gosto mesmo nada dessas coisas. Perdi o franginho com puré pfff, mas como diz o ditado “quem dorme, come do sono” ahaha.

Bom, passadas as 10 horas de voo, foi um filme para sair do aeroporto. Passaporte prali, vistos praqui, e porque que fomos viajar pra América... Regras de segurança, que agora com o nosso querido Trump ainda deve estar pior.

Depois de atravessar o Oceano Atlântico para passar 8 dias num cenário surreal, fomos procurar o nosso shuttle para nos levar até ao hotel. Andar pelas ruas americanas mete mesmo muuuuito medo. Só queríamos ir rápido para o hotel para deixar as malas em segurança. Depois fomos jantar a um Mcdonald´s que havia ali perto e voltamos. Parecíamos uns medricas!

No dia a seguir, acordamos cheios de energia, um pouco trocados por causa do fuso de horário mas pronto, a vontade de conhecer a nossa “casa” durante os próximos 8 dias era muito maior que o cansaço.

Quando vi o Cruzeiro caiu-me tudo. Aquilo era um bicho gigante, até metia medo. Tantas janelas, tanto brilho, e aquela gente toda para entrar na fila… Parecíamos formiguinhas!

Já dentro do navio ficamos deslumbrados com o brilho das coisas, com a quantidade de serventes, com a vista para Miami, com tudo. Fomos logo armar-nos em finos e beber uns cocktails.

Desde que embarcamos até que saímos pela primeira vez, em Cozumel, tivemos um dia e meio em navegação. Durante esse tempo, tentamos conhecer ao máximo o que o cruzeiro tinha para nos oferecer. Desde o nosso quarto, as piscinas, os escorregas, os bares, os restaurantes, os espetáculos, o cinema, tudo.

Fiquei impressionada com tantas coisas. Por exemplo: as piscinas eram de água salgada e depois do primeiro mergulho ficamos tipo “what!! A água pica” ahah. Os restaurantes à exceção dos que abriam para o jantar, estavam praticamente todo o dia abertos. Eram self-service e podíamos comer tudo o que quiséssemos a toda a hora. Os restaurantes que serviam o jantar, era uma coisa mais chique, em que só serviam comida da boa mas com aspeto gourmet. Mas mesmo assim, podíamos pedir todos os pratos da ementa, que eram diários, e comer ou provar o que quiséssemos. Houve uma noite em que fizemos isso e ficamos um bocadinho envergonhados porque eram tantos pratos que nem cabiam na mesa ahah

Nesse mesmo restaurante colocaram-nos com pessoas que eles escolhiam e a nós calhou-nos a sorte grande porque conhecemos duas pessoas incríveis que animaram mesmo muito a nossa viagem, as nossas queridas amigas Sheila e Rosa. Animação e risota era com elas.

No 3º dia de viagem, saímos em Cozumel para fazer uma excursão que inicialmente era uma coisa mas depois acabamos por fazer outra devido ao mau tempo. Sim, estava mau tempo!! Fazia muito sol mas estava um vento louco que de manhã até tínhamos frio. Pois claro, nós íamos vestidos à verão, ninguém estava a contar com aquele vendaval. Passamos o dia em Chankanaab. Era um parque na praia com imensas coisas incluídas… desde comida, bebida, espetáculos de leões-marinhos, piscinas, um percurso guiado pelas minas, uma prova de tequilas, prova de nachos, espreguiçadeiras, tudo impecável. A única coisa que se tinha que pagar à parte, era para nadar com os golfinhos mas nós não quisemos porque já tínhamos isso planeado para outro dia, mas depois já vos conto. Pois bem, enquanto estivemos em Chankanaab fizemos todas essas coisas, só entre a prova de tequilas e o bar aberto da piscina ficamos como uns cúcus. Quando regressamos ao cruzeiro, já íamos mais animados ahah

No 4º dia, saímos em Belize. Disseram-nos que em Belize não havia muito para ver e efetivamente foi verdade. Nesse dia, para sair do cruzeiro até terra tínhamos que ir de lancha. Mais uma aventura! Pensar que mal saíssemos do navio íamos pisar terra mas não... Foi brutal. Pois então, depois ao chegar a Belize ficamos pelas lojinhas a comprar uns presentes para os nossos queridos familiares, provamos uma bebida de coco, que foi escolhida por mim e sabia muito mal (sorry baby)… Queria provar só com o sumo do coco, sem álcool, para conhecer o sabor original mas para além de saber mal, estava quente, enfim!

No 5º dia, mal acordamos nas Ilhas Cayman, deparamo-nos com um cenário “wow” era lindo de um dos lados, e assustador do outro. De um lado tínhamos uma praia exótica, como nos filmes, cheia de bares e barquinhos de insuflável; mas do outro, era o mar cheio daqueles barcos piratas de madeira naufragados. Não sei porque, mas mete-me medo esse cenário. Havia mesmo muitos barcos desses ali perto do cruzeiro, uma coisa surreal. Mas pronto, não foi isso que nos impediu de aproveitar a linda praia de vista para o nosso lindo cruzeiro. Eheh não me canso de repetir a palavra lindo porque era tudo assim, lindo e perfeito.

No 6º e último dia de excursões, bem já estávamos a começar a ficar “oh nãaao, a viagem já está a acabar”. Neste dia também tivemos de apanhar uma lancha desde o navio até terra. Ao chegar a Mahogany Bay, tínhamos então a nossa excursão para nadar com os golfinhos. Eu confesso que tive medo, bastante. Para mim, os golfinhos são fofinhos mas longe de mim. É que são tão grandes que parecem tubarões e quando nadam só se lhes vê a barbatana aiii e nadam tão depressa que parece que vão vir sempre contra mim ahah Mas pronto, fizemos a nossa excursão que tirando esse receio foi muito fixe. Nós fazíamos coisas com as nossas mãos e eles executavam e imitavam. Foram engraçados vá. Depois da nossa experiência com os golfinhos fomos passar a tarde a outra praia, que esta ainda era melhor que a do dia anterior. Nesta, a água era mesmo clarinha, a areia fininha que nem se sentia nos pés, e por sorte também foi o dia de maior calor. Antes de voltar para o cruzeiro, passamos numas lojinhas comprar mais algumas lembranças.

Bem, o 7º dia foi só de navegação como no início da viagem. Estávamos a regressar para Miami mas enquanto isso tivemos mais um dia e meio para aproveitar o nosso cruzeiro que estava a ser fantástico. Jogamos no casino, onde ainda ganhamos alguns $, aproveitamos as piscinas e o escorrega, tiramos fotos, comemos e bebemos que nos fartamos, vimos um filme muito conhecido, “Inside Out” estivemos horas no jacuzzi, vimos alguns espetáculos do “Mike” que era o coordenador ou qualquer coisa assim do navio, mas era um comediante e fazia show mesmo bons, e até jogamos ténis de mesa…Rui, confessa que até jogo bem ;) A nossa última noite foi especial não só por ser a última mas porque durante o jantar, a equipa do cruzeiro vestiu-se com alguns trajes típicos e dançaram em cima de algumas mesas. Era a noite do capitão! Sim, esqueci-me de dizer isso, mas todas as noites tinham um tema. Então a seguir às danças maluca, o capitão fez um discurso e ainda ficamos com vontade de mais eheh.

No último dia, a seguir ao pequeno-almoço tínhamos que desembarcar mas as surpresas ainda não tinham acabado. Quando subimos para tomar o pequeno-almoço, todo o andar estava cheio de bonequinhos feitos com toalhas. A equipa do cruzeiro fazia mesmo muito bem todo o tipo de bonecos com as toalhas (eu coloco uma foto).

Fomos para o aeroporto de Miami, voltamos para Madrid e depois para casa. A viagem já tinha acabado e como em todas as viagens, quando se chega ao fim, voltamos com vontade de mais mas cheios de boas recordações, memórias de momentos incríveis e com nostalgia daquele mundo perfeito mas a vida é assim. E ao chegar a casa, é muito bom os meus pais e o irmão bombardearem-me de perguntas sobre tudo. É muito bom fazer um apanhado de todas as coisas que vivi, que conheci, que provei e que só eu sei o que significam para mim, porque lá está, só quem vive é que sabe.

Quero agradecer ao nosso querido fotógrafo Marino, às nossas amigas Sheila e Rosa, ao nosso servente dos jantares José, aos nossos dois barmens preferidos, "os chinos" porque graças a todos eles, a viagem tornou-se ainda mais especial e inesquecível.

Considero-me uma pessoa com alma de viajante e só espero que a minha próxima viagem seja em breve ;)

Desculpem a extensão do post mas quando se recorda é como se se tivesse a viver outra vez. Vou deixar fotos de um pouco de tudo, no separador das FOTOS. Espero que tenhas gostado e se puderem, façam um cruzeiro por favor. É um mundo completamente à parte e vão amar tal como eu amei!

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